terça-feira, 9 de abril de 2013

A submissão é um estado, pode-se ou não atingi-lo.
Há uma conquista, um apoderamento, mas sem um consentimento dela nada é possível.
A quem tornar-se submissa? Com quais critérios?
Em que condições? Por quais motivos?
Há muito que se desconstruir e depois elaborar, infinitas vezes...
 Dependendo do quanto se foi educada a sacralizar o corpo, tornar-se uma fêmea pode ser tarefa sem prazo.
É necessário estar segura, sentir-se protegida, valorizada e desejada.
É preciso confiar, entregar-se, render-se e abdicar de si mesma.
Também é fundamental cuidar-se, manter a mente, o corpo e a alma no mais alto conceito.
É difícil sair inteira de uma sessão onde se vive o avesso do que o mundo demanda.
É árduo ultrapassar as próprias neuroses.
É por vezes angustiante sair da zona de conforto.
Estar "do outro lado" não deve ser nada fácil,
mas acredito que é mais de acordo com a vida, que seja
menos brusca a passagem para dentro e para fora do bdsm...
Amar não é indispensável, mas o amor faz com que tudo isso funcione melhor.


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